Editorial - Revista Veredas Nº 2

capa-veredas-1-4Iniciando seu terceiro ano de atividades Traço Freudiano Veredas Lacanianas já se debruça sobre os efeitos desse percurso. Entre os quais correspondências à redação de nossa revista, Veredas, o que a enriquece com uma nova seção.

Em 1992 foi o ano do encontro com o interesse dos que foram chegando, sentando, compondo um grupo que lia e comentava a respeito do ensino de Freud no dizer de Lacan. E como todos se sentiam à vontade para ouvir e falar do ponto em que estivessem, os trabalhos foram se multiplicando. Em pouco tempo já era um só tema, um só grupo de estudo.

Essa crescente organização produziu em 93 a Revista Veredas, que lança agora seu terceiro número, destinada a registrar e comunicar o trabalho que se foi produzindo. Veio também a subscrição de seis analistas e a nomeação. O grupo chamou-se Traço Freudiano Veredas Lacanianas.

A institucionalização se mostrava evidente.

Isso provoca sempre grandes resistências. Começa-se a perguntar aonde queremos chegar, aonde podemos chegar, como continuaremos?

Ancorados na transferência ao ensino lacaniano chegamos a 94 organizando uma sede. Isso resulta, de imediato, numa certa burocratização, inevitável. Há tarefas a cumprir, despesas a custear, responsabilidades a dividir, objetivos a definir.

Zelando pelo que nos é caro, nosso trabalho, procuramos manter claras as diferenças, o que torna possível algumas definições.

Aqui nos encontramos a partir de interesses diversos, que são muito bem vindos, em função de sua natureza. Uma aproximação com as mais diferentes áreas do conhecimento esteve, desde o início, entre nossas ambições.

Na base disto acreditamos, com Freud, ser a análise pessoal aquilo que torna a psicanálise acessível, em seus processos teóricos e práticos, seja àqueles que desejam uma formação, seja àqueles que chegam buscando se aproximar desse instigante campo do conhecimento.

Em continuidade ao que foi feito até então, programamos,  além do estudo rotineiro dos grupos, colóquios e outras promoções, movidos pela inesgotável provocação do desejo, procurando mantermo-nos  no que é próprio ao discurso analítico, ou seja, ser avesso ao fechamento de qualquer caminho.

Equipe Editorial:

Edna Maria Porto Mendes
Everaldo Soares Júnior.
Manoel Gomes de Andrade Lima
Paulo Roberto Medeiros
Pedro Leonardo Rodrigues
Taciana de Melo Mafra