Nós

“Escola, Cartel, Passe e Analista da Escola. São nosso Schiboleth, ou seja, são fundantes, pari passu, ao ensino de Lacan. É o que desejo hoje ressaltar, por considerar grave o que está desde a origem do nosso movimento lacaniano: a denegação de tais termos. O ensino de Lacan, desde a origem, manca. Há uma denegação ab ovo, isto é, originária. De modo geral, tem-se buscado primeiramente reconhecimento e prestígio internacional, e a partir disso os dividendos locais. A sombra da Internacional Freudiana mantém-se para o movimento lacaniano.

Em contrapartida, o que lhes propomos é restaurar a transmissão do ensino de Lacan e de uma prática clínica e institucional a partir da Proposição de 9 de outubro de 1967, de Lacan. Começamos a falar sobre isso - e, vejam, minha gente - já se passaram trinta anos, e hoje eu estou sendo um contador dessas histórias, de nossa história, a história do movimento psicanalítico lacaniano em Recife, como tentativa de um retorno à Proposição de Lacan. Estamos tentando fazer isso no Traço, privilegiando, claro, nossa história local. (...)

No traço a gente gosta muito de conversar. E conversar a gente só consegue fazê-lo em pequenos grupos. (...) Assim o fazemos há pelo menos quinze anos, mensalmente, em torno da Proposição de Lacan.”

Paulo Roberto Medeiros, in memoriam
Trecho de “Escola de Psicanálise e Analista da Escola”, proferido em dezembro de 2007

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